No ano anterior ao lançamento do filme, cientistas da Califórnia afirmaram ter extraído fragmentos de DNA de uma espécie de abelha já extinta, mas apesar das inúmeras tentativas, viu-se que era mesmo impossível replicar. Pesquisadores australianos descobriram que o DNA encontrado em material fossilizado não sobrevive a mais de 6,8 milhões de anos e os dinossauros foram extintos há 65 milhões anos. Além disso, condições ambientais como temperatura, ataques microbianos e oxigenação também afetam o processo de decadência do DNA.
Mas supondo que fosse possível… No “método Jurrasic Park”, os cientistas precisariam de um espécime muito específico: um mosquito fêmea que tivesse consumido muito sangue de dinossauro imediatamente antes de ser apanhado pela resina de uma árvore. Além disso, como já dito, a maior parte dos fósseis de insetos encontrados em âmbar são “novos” demais para conter sangue de dinossauros. A amostra também precisaria ser muito seca, já que o DNA se rompe facilmente na presença de água. Recuperar o DNA ainda seria muito difícil, pois o sangue do dinossauro estaria cercado pelo corpo do inseto que tem seu próprio DNA, claro! Também poderia existir DNA de outras células aprisionadas no âmbar e capazes de contaminar a amostra.
No filme, para “emendar” os fragmentos de DNA de dinossauro encontrados nos fósseis, os cientistas usaram DNA de rãs. Bem, isso seria como tentar montar um quebra-cabeças de bilhões de peças usando peças de dois jogos diferentes. Além disso, as rãs provavelmente não seriam as melhores candidatas a fornecer ADN substituto. Hoje, uma das teorias dominantes sobre o destino dos dinossauros é que eles tenham evoluído em forma de aves, não de rãs.
E por fim, as técnicas de clonagem usadas hoje em animais é a “transferência nuclear”. Os cientistas inserem o núcleo de uma célula em uma segunda célula da mesma espécie, depois de destruir o núcleo da célula receptora. Não existem células de dinossauros ou ovos de dinossauros que pudessem hospedar o novo conjunto de DNA. Ou seja, o “método Jurrasic Park” é uma furada!
No filme Jurassic Park os cientistas extraem DNA de dinossauros a partir de insetos que sugaram seu sangue há 130 milhões de anos e foram presos em âmbar ficando fossilizados.
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