Isso acontece sobretudo no continente africano, onde o
atraso no desenvolvimento social, econômico e cultural, longe de preservar o
meio ambiente e as espécies características da região, contribui para agravar o
extermínio da fauna selvagem.
No entanto, cada vez mais iniciativas de conservação na
África se dedicam a pesquisar, proteger e fomentar a reprodução de espécies
populares e ameaçadas. Conheça abaixo três programas que buscam mitigar a crise
ambiental no continente africano.
O elefante
Somente nos últimos dez dias, mais de 26 elefantes foram
assassinados no Parque Nacional Dzanga Ndoki, na África Central. Eles são
visados pelo marfim da presas, vendidos por alto preço no mercado negro.
World Wild Life/Divulgação
Embora o número pareça alto, hoje restam no mundo menos de
500 mil elefantes. Segundo dados do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), mais
de 10 mil são abatidos a cada ano pelo marfim.
Hoje, os elefantes-africanos não são vítimas apenas dos
caçadores de marfim: seu habitat está diminuindo em muitas regiões do
continente e sua carne também serve de alimento.
A WWF concentra-se em quatro eixos de ação para preservar o
maior mamífero do planeta: educar os moradores próximos a seu habitat para
reduzir conflitos, fortalecer o combate à caça por meio da criação de zonas
protegidas e monitoradas, combater o tráfico ilegal de marfim e proteger seu
habitat, em parceria com governos e instituições locais.
O rinoceronte
Há poucos dias, no Zoológico Taronga Western Plains, na
Austrália, a fêmea Mopani deu à luz um bebê rinoceronte depois de uma gestação
de 18 meses. Apesar de ter acontecido em outro continente, seu nascimento
integra os esforços globais de conservação do rinoceronte africano.
Taronga Zoo/Divulgação
No último ano, mais de 300 rinocerontes foram assassinados
no planeta. No atual ritmo, os especialistas calculam que nenhum espécime
nascerá em estado selvagem em 2015.
Os rinocerontes são muito visados pelo valor de seus
chifres, que contêm substâncias com propriedades supostamente medicinais, cuja
eficácia carece de comprovação científica.
Segundo a International Rhino Foundation, mais de 2 mil
rinocerontes africanos foram massacrados desde 2006, o que contribuiu para a
maior queda da população em décadas. De fato, segundo o levantamento da
população de rinocerontes realizado pela organização, espécies como o
rinoceronte-de-java estão reduzidas a 30 ou 40 indivíduos em todo o planeta.
A IRF combate a caça ilegal com programas específicos para
cada espécie de rinoceronte. Seu trabalho consiste em localizar e acompanhar os
espécimes (sobretudo os que vivem isolados em parques nacionais da África),
desativar armadilhas e sistemas de caça furtiva.
O guepardo
Durante os últimos quatro anos, o guepardo entrou para o rol
das espécies em perigo de extinção, segundo o Programa de Meio Ambiente da ONU.
Cheetah Conservation Fund/Divulgação
Ser o animal mais rápido do planeta – alcançando velocidades
de até 120 quilômetros por hora – não garantiu sua sobrevivência durante o
século passado, quando sua população sofreu uma queda de 90%. Menos de 10 mil
exemplares adultos vivem hoje na África, habitat quase exclusivo desse felino.
As maiores ameaças à espécie são a perda do habitat e a caça
preventiva em diversas regiões do continente, onde muitas vezes é considerado
um perigo para os animais domésticos e o gado.
O Cheetah Conservation Fund trabalha ativamente em países
como Namíbia para monitorar e preservar a população reminiscente. Uma de suas
iniciativas mais bem-sucedidas é o Programa de Cães de Guarda, que fomenta o
adestramento de cães domésticos para cuidar do gado, e consequentemente,
proteger os guepardos da caça preventiva.
fonte animal planet
Diganos o que achou destas iniciativas?
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